segunda-feira, 18 de março de 2013

Essência


Busco incessantemente a curva do meu rio, a flecha da minha bússola, o meu significado pessoal de alma, a minha ontologia. E caio numa selva de desejos cada vez menos reprimidos, de leões querendo sair pela minha boca, de sereias de todos os sexos cantando. No meio dela, me sinto perdida mentalmente, mas será que mente é alma? Porque a minha alma está acolhida na vida literal, no instinto bárbaro do inconsciente. Alma e corpo dançam, enquanto a mente fica estremecida, briga com a memória, se transforma em uma consciência trêmula, quase indiferente, que a qualquer momento pode dar o bote. O que eu faço com essa ética inerente, com esse papa que deve segurar impulsos fisiológicos, com essa Eva de Adão?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

sábado, 29 de dezembro de 2012

Sobre a Moral

Moral é a lavagem cerebral da vida, que só serve para compor máscaras. É necessário um filtro no comportamento para que haja sociedade e não apenas caos, porém, a demasiada modelagem da conduta humana forma seres hipócritas e medrosos. Eu sou medrosa – e também hipócrita, mas principalmente medrosa.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Uma noite


Escrevo isso um tanto ébria. Não consigo nem escrever muito bem, as palavras saem tortas como o meu cristalino distorce a realidade. As pessoas dançam ao som de Sheryl Crow dos anos 90. As luzes são apagadas. Ganhei uma bala da Pompéia de alguém que não sei quem é. Mas o fato é que lembrei, ficando cega pela luz da lua, ficando tonta com tanta beleza. Quatro mulheres dançando. “Todo mundo espera alguma coisa do sábado à noite”. Eu quero mesmo escrever fora de mim, mas me chamaram pra dançar e não consigo negar... Cinco mulheres dançando. 
Aposto.

domingo, 11 de novembro de 2012

Calor

Esse calor é uma condição
Que condiciona a alma em corpo quente
Como a fome de um retirante
Que só é o retirante por causa de uma fome.

O cérebro enrugado é enxugado ainda mais
Ideias transbordam em suor concentrado
E a mente, hipotônica e seca, só quer mar.